quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Portugal vence Panamá, em ensaio muito fácil
Portugal passou com distinção no particular com o Panamá, vencendo por 2x0, apesar de ter voltado a mostrar falhas na concretização. Hugo Almeida e Nélson Oliveira que o digam, apesar deste último ter marcado um grande golo. Cristiano Ronaldo também fez o gosto ao pé.
Portugal entrou em campo com várias mexidas nos titulares, em comparação com o 11 tipo que Paulo Bento utilizou no Euro 2012. Eduardo assumiu a defesa da baliza, Fábio Coentrão foi o único a manter-se na defesa, com Ricardo Costa, Rolando e Miguel Lopes a completar o quarteto defensivo. Hugo Viana finalmente envergou a camisola das quinas, depois de não ter deixado o banco no Euro 2012, e na frente destaque para a titularidade de Nélson Oliveira.
A seleção portuguesa foi globalmente melhor, jogou ao ritmo que quis, Paulo Bento conseguiu rodar quase toda a equipa e testar novas soluções. Nota mental a retirar, mesmo sendo um jogo de preparação: há que melhorar a finalização, que o digam Hugo Almeida e Nélson Oliveira, que mesmo tendo marcado um golo, não se livra dos assobios na hora dos falhanços.
Nélson Oliveira marca à quarta tentativa
Moutinho ameaçou aos dez minutos, Nélson Oliveira voltou a fazê-lo por três vezes e conseguiu concretizar à quarta.
O dianteiro, considerado o mais promissor avançado de Portugal, encheu o pé esquerdo à passagem da meia hora e, sobre a linha da área, levantou as quase 25 mil pessoas presentes nas bancadas do estádio Algarve, depois de um bom trabalho de Miguel Lopes na direita.
A história do primeiro tempo conta-se em poucas linhas, com a equipa das quinas a jogar a seu bel-prazer mas, fruto de umas ligeiras desatenções na zona defensiva, a sofrer um ou outro calafrio. Primeiro porque Hugo Viana perdeu uma bola com um passe despropositado, valeu Rolando a limpar recorrendo à falta, depois com Edwin Aguilar a surgir em zona perigosa totalmente solto e, por sorte para os lusos, a cabecear à vontade mas ao lado.
Refira-se, ainda, o monumental falhanço de Nélson Oliveira, em cima do intervalo. O avançado desperdiçou um golo feito, depois de um passe milimétrico de Ronaldo que o isolou.
Hugo Almeida junta-se ao desperdício
Não seria festa lusa se não houvesse pé de Ronaldo. O craque, um dos mais aplaudidos no estádio Algarve, cujo relvado, refira-se, já conheceu bem melhores dias, fez tudo bem, depois de um passe de Raúl Meireles: sobre a linha da área, CR7 recebeu de peito e «disparou» de pé direito, batendo Jaime Penedo.
Diante de um Panamá já de si limitado, com poucas ideias e pouco fio de jogo, a expulsão do Gabriel Gómez aos 49 minutos condicionou ainda mais o jogo do adversário dos lusos. O médio dos Philadelphia Union atingiu João Moutinho com o cotovelo e foi, de forma totalmente justa e indubitável, tomar banho mais cedo.
A superioridade numérica e a tranquilidade dos dois golos permitia a Paulo Bento fazer as alterações que queria e... parecia prenúncio: Nélson Oliveira cedeu, aos 61 minutos, o lugar no ataque luso a Hugo Almeida, e deixou-lhe também o testemunho do desperdício.
As mãos foram à cabeça por várias vezes mas aos 72´ roçou o exagero: Hugo Almeida falhou uma recarga a três metros da baliza!
Fonte:Zerozero